2.11.11

Rock in Rio 2011.




Eu fui. Mas eu voltei

Desde que começaram os rumores, fiz a leitura de que o Rock in Rio IV tinha como projeto ser um evento voltado para as massas consumidoras de musica pop, e nisso se saíram muito bem. Apesar de uma bola fora ali ou aqui, o que é natural, o cardápio musical foi bem estruturado. O espaço físico também não foi dos piores, dado que a acessibilidade era bem fluida e a Cidade do Rock se mostrou uma bela diversão pra família toda com direito a lojas e roda gigante. E caramba, também tinha uma tirolesa onde todo mundo parecia que ia cair a qualquer instante, como deixam isso?
Mas enfim, vamos ao importante: os shows do dia em que lá estive, 1º de outubro


Frejat

Bom show, apoiado no soul e classic rock. Empolgante, e não podia ser diferente com uma apresentação praticamente só de covers. Eu queria ouvir algumas músicas clássicas do trabalho solo do cara, como Homem não Chora, que é minha música oficial da tristeza. Diria que ponto alto foi o medley soul, um bom contraponto ao grande pesar que é ter que ouvir os hits do Barão Vermelho/Cazuza. No geral, boa execução, não dá pra botar defeito.
Veja Voce não Entende Nada



Skank

Achei meio decepcionante. Pareceu um show meio burocrático, com tudo muito corrido e movido por um script. Não gosto muito da fase pop-romantico da banda. Tantas outras músicas legais das antigas. A prova disso é que os momentos de maior empolgação lá foram nas classicas da fase reggae/ska , como Esmola e Jack Tequila




Maná
Não conheço muito o repertório da banda, mas foi um show bacana. Deu vontade de procurar alguma coisa pra ouvir depois, mas vocês sabem como é... Acho que a banda fica meio perdida porque nem é uma "prata da casa", nem "gringa o bastante" pra ser tratada como as atrações de língua inglesa. Lá o pessoal até que respondeu bem, apesar daquela sensação de que ninguém ali tava afim de vê-los.
Veja o hino Bolivariano Latinoamerica e Corazón Espinado


Maroon 5



Não sou muito fã da fase mais pop dançante da banda, mas no palco eles crescem. Adam Levine realmente é um grande frontman. Muito ousado eles emendarem praticamente todas as músicas e mais ainda de sequenciarem os hits logo no inicio. A interação mais natural da noite. Apesar de o miolo ter ficado repetitivo, os “dois finais” com This Love e She Will Be Loved foram épicos. E sim, he moves like Jagger !




Coldplay

A banda mais esperada da noite e que fez valer: um show espetacular. Literalmente. Aposto que o Brian Eno está por trás dessa transformação da banda de um grupo tímido de britpop pra uma gigante do stadium rock. Com um repertório firme, destaco os novos arranjos para as músicas da fase Parachutes/A Rush... e as do próximo disco, Mylo Xyloto , que rapidamente empolgavam o público. Era engraçado como todo mundo aplaudia tudo, até mesmo o Chris caindo ou o errando os acordes.
Jogos de laser, borboletas de papel e fogos: Coldplay indo mesmo na trilha do U2 para conquistar multidões. Se tudo der certo, como eles querem, talvez esse show seja lembrado como o do Queen no primeiro Rock in Rio
Veja Mylo Xyloto/Hurts Like Heaven, Yellow e In my Place


Bônus Track

São coisas desse tipo que me fazer ver que Kanye West e Jay-Z realmente são dois monstros da música pop atual. Mesmo não estando de corpo presente, foram referenciados pelos seus amigos Maroon 5 e Coldplay, repectivamente . Harder to Breathe teve como intro POWER, do Kanye. Já o Hova foi lembrado com as projeções de laser e a música 99 Problems tocada na integra, emendando na trilha de De Volta para o Futuro.